Há quatro anos, juiz ‘analisa’ ação eleitoral em Maués

 Há quatro anos, juiz ‘analisa’ ação eleitoral em Maués

O então candidato a prefeito da cidade, Júnior Leite, teria se beneficiado de um convênio firmado pelo tio dele, Sidney Leite, que, na época, era secretário da Sepror (Divulgação)

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Paula Litaiff* – Para Diário do Amazonas

Manaus – Era 8 de outubro de 2016, quando o juiz da Comarca do município de Maués, Lucas Couto Bezerra, publicou a representação da ‘Coligação Força da Nossa Gente’ contra o então candidato a prefeito da cidade, Júnior Leite (Pros), por suspeita de ter se beneficiado de um convênio firmado pelo tio dele, Sidney Leite, que, na época, era secretário estadual de Produção Rural (Sepror).

Hoje, deputado federal, Sidney, segundo a denúncia, assinou o contrato do convênio referente ao projeto denominado Assistência Técnica de Extensão Rural (Ater), no ano eleitoral, para a distribuição de gasolina, sem ter definido o programa no ano anterior, como manda a legislação. De 2016 a 2020, o juiz Lucas Couto fez seis movimentações, entre elas, a solicitação de informações da Sepror sobre o Ater e sua previsão orçamentária em 2015, mas não se sabe, até agora, o retorno da Secretaria de Produção Rural. Hoje, a acusação corre para ver pelo menos julgada a ação, em meio a um grande risco de arquivamento por excesso inexplicável de análise da Justiça.

Sem retorno

Na tentativa de obter outras informações sobre o processo envolvendo a denúncia contra o prefeito Júnior Leite, a reportagem foi informada, nesta segunda-feira (6), na Comarca de Maués, que o Judiciário está em recesso.

Alvo do MPF

O prefeito de Maués, atualmente, também é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF) por uso ilegal do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Ameaça de morte

A denúncia contra Júnior Leite resultou ainda no registro de Boletim de Ocorrência (BO) de ameaça de morte, feito pelo ex-servidor do município de Maués Ronaldo Duarte da Costa Júnior, responsável pelas informações.

Outros casos

Assim como Maués, há informações de dentro do Judiciário de que em metade dos municípios do Amazonas há ações eleitorais sobrestadas, sem explicações, sob o risco de arquivamento.

Faltam explicações

O Ministério Público do Estado (MP-AM) publicou nota, nesta segunda-feira (6), informando que não recebeu as explicações técnicas do plano de contratação direta dos funcionários terceirizados da Secretaria de Estado de Saúde (Susam).

Gravidade do setor

Apesar de defender o concurso público, o MP-AM informou que reconhece a “gravidade dos problemas no setor” e a necessidade de medidas urgentes para que os serviços prestados não sofram paralisação.

(*) Com a colaboração de Álisson Castro.

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