Mesmo acusado de ligação com tráfico por Arthur Neto, Carlos Almeida pede guarida no PSDB

 Mesmo acusado de ligação com tráfico por Arthur Neto, Carlos Almeida pede guarida no PSDB

Carlos Almeida e Arthur Virgílio: aliança confirmada (Reprodução/Internet)

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Carolina Givoni – Da Revista Cenarium

MANAUS – Menos de dois anos após ser associado a um esquema de invasão de terras no Amazonas pelo ex-senador da República e ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, presidente regional do PSDB, o vice-governador do Estado amazonense, Carlos Almeida – que estava sem partido há nove meses – recorreu à legenda do líder tucano.

Na manhã desta segunda-feira, 24, Almeida entregou a sua ficha de filiação partidária ao PSDB do Amazonas. A admissão de Almeida em ninho tucano estava sendo alvo de conversação local e nacional há pelo menos três meses e foi consolidada a partir da chegada de Virgílio à direção do diretório regional do partido.

Apesar de esperada, a união de Carlos Almeida a Arthur Virgílio levantou polêmicas no meio político e jornalístico, tendo em vista que os dois protagonizam embates públicos, com o envolvimento de acusações graves, há menos de dois anos.

No dia 15 de agosto de 2019, Arthur Virgílio Neto, que estava à frente da Prefeitura de Manaus, declarou que as invasões de terras na capital eram comandadas pelo tráfico de drogas e permitir as ocupações irregulares é “dar passe livre” ao crime organizado para “tomar conta de Manaus”.

Na época, Virgílio fez duras críticas ao vice-governador do Amazonas, que atuou a favor dos moradores da ocupação conhecida como “Cidade das Luzes”, na zona Norte de Manaus, quando foi defensor público.

Ação e reação

“Eu sempre fui muito crítico, mas eu não faço nenhuma crítica desprovida de fundamentos. Quando eu disse que o vice-governador (Carlos Almeida) defendeu aquela obra do tráfico de drogas ali na Cidade das Luzes, é verdade. Ele estava lá, era o mais adiantado de todos, e não era inocente, não era criança, já era uma figurinha grande”, apontou o prefeito.

Em resposta a Arthur Virgílio, Carlos Almeida disse que as declarações do ex-prefeito de Manaus tinham como objetivo tirar o foco das obras da gestão municipal. “No meio da justificação, para poder fugir da necessária justificação do porquê que aquela parada tem aquele (preço) absurdo, resolveu partir para o escapismo e atacar tanto a mim quanto ao governador (Wilson Lima)”, declarou Almeida, à época.

Carlos Almeida rompeu há um ano com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), após sair do comando da Secretaria de Saúde do Estado (SES-AM). Quando foi eleito na chapa de Wison, ele estava no PRTB, depois conseguiu a direção regional do PTB, de Roberto Jefferson, e em agosto de 2020, perdeu o comando do partido.

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