Ao contrário do que diz candidato, REVISTA CENARIUM não ‘denigre’ imagem, faz jornalismo

 Ao contrário do que diz candidato, REVISTA CENARIUM não ‘denigre’ imagem, faz jornalismo

REVISTA CENARIUM possui 30 funcionários, sendo 15 jornalistas formados e conceituados no mercado (Samuel KNF – Revista Cenarium)

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Paula Litaiff – Para Revista Cenarium

Ao resistir conceder entrevista a um repórter da REVISTA CENARIUM na noite de domingo, 15, após o resultado das eleições, o candidato a prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), alegou que a revista “denegriu graciosamente” a imagem dele com “fake news” no primeiro turno das eleições. David seguiu para o segundo turno do pleito com o ex-governador Amazonino Mendes (Podemos).

Ao contrário do que declarou o candidato do Avante, a REVISTA CENARIUM nunca publicou qualquer matéria falsa sobre ele e sua vida pública. Todas as matérias autorais da revista em que há questionamentos da conduta do candidato são embasadas em documentos de órgãos oficiais, além de fotografias e textos produzidos por profissionais conceituados.

No dia 8 de novembro, a CENARIUM publicou a matéria “Documento reforça suspeita de desvio milionário na Saúde durante o governo David Almeida”. O texto cita como base o Acórdão 839/2020 do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE), assinado pelo presidente da Corte, Mario de Mello. O documento foi anexado ao texto.

Não há qualquer decisão judicial para a retirada dessa matéria, mas sim uma liminar generalizada da juíza Maria Cristina Raposo endereçada a diversos sites de Manaus, no qual a REVISTA CENARIUM foi citada, para publicar informações do TCE nas quais diz que a investigação ainda está em andamento, o que foi inserido no texto matriz da revista. Leia aqui.

No dia 9 de novembro, a CENARIUM publicou a matéria “Sistema da Justiça Federal aponta: David Almeida foi chamado para depor na ‘Maus Caminhos’, mas não compareceu”. Todo o conteúdo da matéria é respaldado com informações obtidas na Justiça Federal, inclusive, com a inserção do print do documento. Leia aqui.

Reportagem in loco

Dois dias depois, 11 de novembro, a revista postou a matéria “Na eleição, David Almeida sai de condomínio de luxo na Ponta Negra para casa humilde do Morro da Liberdade”. A notícia foi veiculada tomando como base a declaração patrimonial informada pelo próprio David Almeida à Justiça Eleitoral.

Durante uma semana, uma equipe de reportagem da CENARIUM conversou com moradores do bairro Morro da Liberdade, na zona sul de Manaus, Comitê Eleitoral de David Almeida, e do condomínio Castelli, na Ponta Negra, casa onde o candidato mora, e obteve informações detalhadas sobre a mudança da rotina do candidato a cada eleição. Leia a matéria completa aqui.

Em todas as três matérias, a reportagem tentou ouvir David Almeida, mas sua assessoria não retornou as mensagens. Em um dos contatos, a assessoria do candidato chegou a proferir palavra de baixo calão contra a diretoria da revista o que levou a REVISTA CENARIUM a ingressar com uma queixa-crime contra o profissional.

Fake news nos EUA

O termo constantemente usado por David Almeida para combater matérias jornalísticas que não o agradam é, na verdade, designado à veiculação de informações falsas nas redes socais, sem qualquer embasamento jornalístico, o que não é o caso das matérias da REVISTA CENARIUM.

A imprensa internacional começou a usar com mais frequência o termo fake news durante a eleição de 2016 nos Estados Unidos, na qual Donald Trump tornou-se presidente. Após as eleições, ficou provado que a equipe de Trump produzia e disseminava notícias mentirosas sobre suas principal adversária, Hillary Clinton, para vencer a eleição.

‘Denegrir’ e o racismo

Usado por David Almeida como sinônimo de difamação, o verbo “denegrirsignifica efetivamente “fazer ficar mais negro; tornar escuro”. Nos últimos dez anos, antropólogos, sociólogos e estudiosos da cultura africana passaram a debater o termo em sua essência.

No ano passado, a escritora e professora universitária Lúcia Figueiredo escreveu um artigo para o site Brasil de Fato no qual diz que “faz-se necessário e urgente desassociar o termo de seu significado figurado racista” e completa “Se denegrir é tornar-se negro, faz-se essencial e no sentido literal que nós nos denegríssemos mais.”

Leia o artigo completo de Lúcia Figueiredo

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