Vacina contra Covid-19 alcançou apenas 6% da população na Amazônia Legal

Amazonas, Roraima e Pará lideram ranking de imunização na região.(Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)
Carolina Givoni – Da Revista Cenarium
MANAUS – Um levantamento feito nesta quinta-feira, 1º, mostra que apenas 6% da população da Amazônia Legal foi imunizada com a primeira dose da vacina contra Covid-19. Proporcionalmente, Amazonas com 10,09%, Roraima, 6,55%, e Pará, 6,25%, lideram o ranking dos nove Estados que compõem a região, de acordo com o site Coronavírus Brasil.
Os sete Estados juntos somam 2.365.883 milhões de doses aplicadas, sendo a primeira dose 1.837.310 e a segunda dose 528.573 mil. Os dados foram atualizados na quarta-feira, 31, e também revelam que a região acumula 1.902.562 milhão de casos confirmados de Covid-19, sendo 46.266 mil óbitos.
De acordo a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em agosto de 2020, os nove Estados da Amazônia Legal concentram 29.313.409 milhões de habitantes. Dessa forma, a relação entre vacinados e habitantes revela a dificuldade de rápida execução do Plano Nacional de Imunização (PNI).

Aplicações
No Estado amazonense foram registrados 349.123 mil infectados pelo novo coronavírus com 12.015 mil mortes. Quanto à imunização, no total foram 553.026 mil unidades aplicadas, sendo 424.657 mil como primeira dose – que representa uma cobertura vacinal de 10,09% – e 128.369 mil aplicações como segunda dose.
Já em Roraima, foram 89.525 mil infectados pela Covid-19 com 1.341 mil óbitos. No quesito vacinação, o Estado ocupa a segunda colocação com 60.348 mil doses aplicadas, sendo 41.325 mil na primeira dose – que representa uma cobertura vacinal de 6,55% – e 19.023 mil na segunda dose.
A vacinação no Pará segue apesar dos 417.523 mil infectados e os 10.426 mil óbitos. Desse modo, foram aplicadas 653.453 mil doses, sendo 543.360 mil na primeira – que representa uma cobertura vacinal de 6,25% – e 110.093 mil na segunda dose.
Apelo
Em carta à nação brasileira divulgada no dia 7 de fevereiro, os nove governadores que fazem parte do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (Cidsam) alertavam para a falta de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) para tratamento de pacientes com Covid-19 e pediam ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido), que retomasse o pagamento do auxílio emergencial.
“Enfatizamos que, neste momento, é vital a retomada da habilitação de leitos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), sob pena de se agudizar o problema do subfinanciamento em meses decisivos no enfrentamento à pandemia”, diz a carta. O documento foi enviado a Bolsonaro, que pediu para que os governadores encaminhem a requisição aos Ministérios da Saúde e da Cidadania.